Radiação ionizante e não ionizante

Há muito tempo o homem procura desvendar os mistérios da natureza, e só nos últimos 400 anos foi que realmente começou a fazer algum progresso notável. Saiba sobre radiação.

O estudo do movimento de corpos ajudou na compreensão de diversos fenômenos físico, além de nos entregar suas respectivas relações matemáticas.

Com isso, cada vez mais fomos aprofundando nos mistérios do cosmos, até finalmente culminar na ciência que temos hoje.

Nossa ciência atual é marcada pela incerteza, não por conta de nosso pouco domínio sobre as técnicas científicas, mas pela incerteza ser algo inerente à natureza.

Isso pode ser visto, por exemplo, quando falamos de decaimento radioativo, que nada mais é do que a liberação de radiação por núcleos atômicos instáveis.

Nesse sentido, não falamos “ele vai decair 10 vezes em determinada variação de tempo”, e sim “ele tem uma chance de decair tantas vezes em determinada variação de tempo”.

O processo é aleatório, ou seja, é como se a natureza jogasse dados antes de cada fenômeno.

Isso fica muito evidente quando vamos para a mecânica quântica, onde não podemos saber com exatidão, simultaneamente, a posição e o momento de uma partícula, conhecido como princípio da incerteza de Heisenberg.

Ocorre, ainda, que a interação entre radiação e matéria são estocásticas (aleatória), sendo esta uma propriedade empírica (por meio de experimentos) do universo.

Características

A radiação, seja ela ionizante ou não, é uma onda que não necessita de um meio material para se propagar, ou seja, pode se mover no vácuo.

Além disso, sua velocidade de propagação no vácuo é a mesma que a velocidade da luz, algo em torno de 300,000 Km/h.

São compostas por um campo elétrico e um campo magnético, com um ângulo entre eles de 90º.

A variação no campo elétrico cria o campo magnético, ao passo que a variação do campo magnético cria o campo elétrico, e assim ela é autossustentável e não necessita de um meio.

Ela carrega energia e informação, e uma onda eletromagnética distingue-se da outra por meio de seu comprimento de onda.

Quanto menor o comprimento de onda, mais próximas estão as cristas/vales, e mais energia a radiação irá carregar.

Podemos calcular o comprimento de onda da seguinte forma: c = λf => λ = c/f , onde c é a velocidade da luz no vácuo, λ é o comprimento de onda e f a frequência da onda estudada.

Toda forma de luz é radiação, mas existem aquelas que podemos ver (radiação visível) e as que fogem de nossa percepção biológica, sendo necessário o uso de equipamentos.

Ionizante e não ionizante

Agora que você sabe o que é uma onda eletromagnética, e por consequência aprendeu alguns conceitos sobre radiação, vamos diferenciar a radiação ionizante da não ionizante.

Quando estudamos o átomo de hidrogênio, o elemento mais simples que a tabela periódica possui, podemos calcular a energia de ligação entre o próton e o elétron, dando 13,6 eV.

O elétron volt (eV) é uma unidade muito utilizada na física nuclear basica, e é o valor de energia encontrado quando movemos um elétron usando uma ddp de 1 volt.

Dessa forma, para ionizar o átomo de hidrogênio, é necessário darmos 13,6 eV de energia para ele, removendo, assim, seu elétron.

Quando um elétron é removido do átomo, damos o nome de ionização, e daí vem o conceito de radiação ionizante: é qualquer radiação que carrega mais de 10 eV (por convenção).

A radiação não ionizante é toda aquela cuja energia não chega a 10 eV, e por isso não ioniza os átomos com que interage.

radiação

As radiações ionizantes presente em nosso cotidiano são: radiação UV, raios x e raios gama.

Já quanto às não ionizantes, temos: a luz visível, ondas de rádio e infravermelho.

O perigo da radiação ionizante para os seres vivos

Como visto anteriormente, a radiação ionizante tem a capacidade de modificar a nuvem eletrônica do átomo, mas não é apenas isso.

Para onde vai esse elétron quando sai do átomo? Como o átomo se comporta após perder esse elétron?

Bem, depois do elétron ser ejetado, ele sairá quicando por todo o material, podendo ocasionar novas ionizações em seu interior.

Isso significa um efeito indireto da radiação ionizante, pois não foi ela quem o causou, mas sim um produto de sua interação.

Quanto ao átomo modificado, ele pode procurar conseguir outro elétron por meio de combinação química, que em muitos casos a nova molécula não é desejável para nosso organismo.

Além disso, se a radiação atingir a molécula de DNA enquanto uma célula está se reproduzindo, poderá causar erros no procedimento de duplicação, levando à morte da célula (na maioria dos casos) ou à sua multiplicação patológica (câncer).

Por isso é tão importante usar o filtro solar no verão, e seguir os procedimentos corretos quando trabalhamos com raios x e raios gama.

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