Correção Monetária: Atualização de valores
Veja aqui tudo sobre a correção monetária, confira neste artigo como a correção impacta nosso dia a dia e como funciona no rendimento da poupança.
Confira também exemplos práticos.
Correção Monetária: Conceito
A correção monetária, também chamada de atualização monetária, é considerada um princípio fundamental das ciências contábeis na economia brasileira, pois é responsável pelos índices de reajustes contábeis e financeiros realizados periodicamente a determinados valores com o objetivo de compensar a perda de valor da moeda nacional (real) em comparação a outras moedas (dólar, euro, libra etc.), aos índices de inflação ou à cotação do mercado financeiro.
Até 1994, a moeda brasileira sofria enorme desvalorização, afetando diretamente a capacidade aquisitiva da população e a cotação da moeda.
Para resolver o problema, foi desenvolvido o plano real, que visava conferir à nova moeda nacional, o Real, mais estabilidade e controle dos índices de inflação, dando mais poder aquisitivo à população.
Com o final da hiperinflação que atingiu o Brasil no final do século XX, os reajustes da economia passaram a ser baseados nas altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras e pelo câmbio flutuante, que é o responsável pelas oscilações da cotação do dólar em relação ao real.
Em outras palavras, podemos definir o conceito de correção monetária como sendo o procedimento financeiro realizado para recuperar o poder de compra de determinada quantia.
Por ser aplicada a todos os tipos de negociação, a correção monetária pode ser realizada através de diversos índices financeiros, cada qual aplicado a um tipo de transação e que normalmente estão indicados no respectivo contrato.
Exemplos de correção monetária no nosso dia a dia
Um caso que bem ilustra a situação são os contratos para aquisição de imóveis os índices adotados variam de acordo com o estado que se o imóvel se encontra.
Por exemplo, o “índice de custo” somente pode ser utilizado enquanto o imóvel está em construção, geralmente com base no ICC (Índice da Construção Civil) ou o INCC (Índice Nacional da Construção Civil).
Já o “índice de preço” poderá ser pactuado tanto na fase de construção como após a entrega das chaves ao proprietário. Neste caso, adotam-se usualmente o IPC (índice de Preços ao Consumidor), INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor, IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) ou o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna).
Outro exemplo comum no nosso cotidiano e que vale a pena observar com atenção é quando se efetua uma compra em dólares pelo cartão de crédito.
Na data de fechamento da fatura, o valor do dólar poderá estar acima ou abaixo daquele em que foi efetuada a compra. Essa variação no preço é denominada correção, que é equivalente ao reajuste do valor da moeda na data da compra até o dia do pagamento.
Por isso é importante tomar cuidado ao efetuar compras em moeda estrangeira com pagamento futuro, pois o valor efetivamente pago na fatura poderá ser muito mais alto do que se esperava.
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Como funciona a correção monetária na poupança
A caderneta de poupança é um dos rendimentos mais antigos do Brasil, pois foi criada em 1861 por D. Pedro II. Diversas mudanças e regras surgiram desde que foi criada e, atualmente, o rendimento é de 0,5% mensal mais TR (taxa referencial), o que corresponde à correção monetária.
Embora tenha baixo rendimento quando comparada a outros investimentos, é o rendimento favorito de boa parte dos brasileiros principalmente em razão da facilidade de adesão, isenção de impostos e baixa taxa de riscos.
A partir de maio de 2012, o rendimento da conta poupança passou a ser calculado com base na taxa de juros SELIC, acrescido da TR (taxa referencial), que é calculado no dia do depósito mais a remuneração atual da poupança que é de 0,5% mensais, ou 6,17% ao ano.
Calculando o rendimento da poupança
Para calcular o valor de rendimento da poupança é necessário realizar uma equação simples: a Taxa Referencial + 0,6%. Assim, é fácil perceber que o montante total irá depender de dois fatores importantes: o capital total depositado e o período em que ele permanecerá aplicado.
Por exemplo, se você aplicar R$3.000 no dia 1º de setembro de 2015, trinta dias após você teria o total de R$3.020,79.
Não é muito, mas algumas vantagens fazem com que a poupança permaneça bastante popular até os dias atuais: os depósitos são remunerados e acrescidos de juros; não há limite mínimo para aplicação ou resgate, é isenta de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Movimentações Financeiras (IOF); não há incidência de taxas administrativas; não há período mínimo para que sejam realizados resgates.
Além disso, é importante saber que o rendimento da poupança é calculado mensalmente de acordo com a data do primeiro depósito. Assim, é recomendável que todos os depósitos sejam realizados na mesma data de cada mês.
Por exemplo, se você recebe todo 5º dia útil, uma boa data para aplicar seu dinheiro seria dia 8 de cada mês. Esse dia seria o aniversário da sua conta poupança, isto é, os rendimentos serão calculados e aplicados no seu capital neste dia dos meses seguintes.